sábado, 7 de fevereiro de 2009

Relato Noroeste da Argentina

DE MENDOZA AO NORTE
Não era a primeira idéia mas virou um Road Movie total. Todas as horas na estrada. Meio Paris Texas, meio Mad Max. A única variável dos insumos que de fato importava era o diesel. Viagem besta, na verdade. Difícil explicar. Seria besta de verdade se a estrada não me remetesse a tantas coisas, se dirigir não me permitisse me distanciar do vivido, entrar no pensado. Sei que rasgar todo esse chão me faz um sentido incrível, sei lá porque. Reflexão xucra, pequena, meio infantil, mas é no que eu vejo graça.
Passa que embarcamos os meninos com minha mãe e o Marcelo em Mendoza na véspera do ano novo e tomamos a estrada ao norte. Ali deixávamos os meninos e também as cidades.Durante a parte urbana da viagem, Buenos Aires e Mendoza, todo meu esforço de compreensão da realidade esteve voltado para criar uma maneira de fazer meus filhos pararem de brigar. Esses 10 dias, portanto, estão desprezados no relato.De Mendoza, no pé de serra, pegamos a estrada de novo e, enquanto a Jana dormia, eu pensava que desta viagem, para as outras que eu fiz, algumas coisas mudaram. As minhas incursões pelo planalto central brasileiro, afora todas as outras viagens que eu havia feito na vida só se fizeram, fantásticas como foram, na precariedade. Precariedade minha e dos lugares por onde andei, e na precariedade, propriamente, estava a viagem. De ônibus, à pé, de gol.E, por mais que isso me agradasse, por vezes me orgulhasse, não era o que eu vivia ali. Um mínimo de honestidade me fazia ver que 2008, pra mim, se trouxe conquistas importantes, trazia rupturas consideráveis e com elas, perdas.

Lá eu estava de Toyota, GPS novo, Câmera nova e um cartão de crédito o que, em outras palavras, significava meu nome limpo. E ainda, o mais incrível, a certeza de emprego para o ano seguinte. Há um ano, tudo o que eu precisava pra viajar era álcool e pilha pro GPS. Um carburador novo pro gol seria um sonho impensável.
Contudo ali estávamos e rumávamos ao norte pela ruta 40. Os vastos campos se alargavam e a vegetação diminuía o porte; as árvores sumiam e tudo o que era vivo resumia-se a arbustos, touceiras e a pequena fauna que corria entre eles e por vezes cruzava a estrada.

DO CENTRO AO NOROESTE DA ARGENTINA
Da província de Mendoza entramos em La Rioja e tomamos a ruta 60, procurando por dois parques nacionais argentinos: Talampaya e Ishigualasto. Outro dia de estrada, outra estrada interminável e nós à 100 km/hora, no máximo. A Hilux é lenta, fato. Fato que fica mais claro nas estradas argentinas, sobretudo quando os ônibus nos ultrapassam. Isso diminui a velocidade do nosso deslocamento, aumenta nosso tempo na estrada e quase nos irritava. Nas vezes em que isso acontecia me consolava pensar que levamos 6 mil anos de história pra vencer a velocidade do cavalo e não seria eu que reclamaria dos 90-100/hora, mesmo que os caminhões nos superassem. Dormimos em Villa Union, cidade próxima e que servia de sede à administração dos parques. Naquela noite já se percebia a relação daquele lugar com os outros. A cidadezinha era bem invocada para o que se propunha e os parques mais ainda. Daí pra frente tudo ficou mais osso. Hotéis mais caros, carros mais novos: o parque havia, em algum momento, sido considerado “patrimônio da humanidade”, lia-se isso pela cidade inteira, e isso explicava a inflação do lugar.No dia seguinte estávamos lá, na portaria do parque que cobrava, 40 pesos pela entrada, e outros 85 por pessoa, em um tour de 4 horas na Kombi da empresa concessionária, que te dava direito a incríveis 30 minutos de caminhada monitorada por trilha demarcada, no interior do parque. A coisa ficava então por 250 pesos, algo como 80 dólares, 200 reais por uma manhã de visita à natureza (sic).Não precisa de muita obra de pensamento pra concluir que alguma coisa anda muito enviesada na relação homem-natureza e, sobretudo, na relação homem-homem que se produzia naquele espaço-tempo. ?Como algo que é considerado patrimônio da humanidade pode ser acessível somente a uma parcela muito pequena dela? (80 dólares/ casal/4horas) Como o estado organiza uma incursão por uma reserva “natural” em um passeio que me obriga a ficar três horas e meia sentado na Kombi climatizada e me “permite” 30 minutos de caminhada? Não passamos da portaria. Adeus Talampaya.Fizemos um outro parque, provincial, sem a alcunha da UNESCO e, portanto, mais barato: o tal do Ishigualasto. Ali caros 70 pesos nos davam a chance de acessar as feições da paisagem produtos da erosão sobre rochas sedimentares, basicamente arenitos, que denotavam parte do nosso passado geológico, com atenção para o triásico e, por isso, guardavam presença fóssil dos primeiros dinossauros. A mesma vegetação agora era emoldurada pela pré-coordilheira de La Rioja que subia 5 mil metros ao fundo na paisagem.

DE VILLA UNION À CATAMARCA
De La Rioja entramos na província de Catamarca e de fato as coisas ficam mais interessantes. Catamarca já é a Região do Noroeste Argentino (NOA) que tanto buscávamos. Seria o equivalente ao nosso nordeste: mais precário, mais pobre, mais bonito, mais hard core com distâncias igualmente cavalares. Ali toramos para a primeira cidade com abastecimento e a mais próxima do mundo urbano. Fiambalá é umas dessas poucas dezenas de cidades do mundo como São Pedro do Atacama ou Lençóis, na Bahia. Cidade que agrega mochilas de todas as partes do mundo rico. Onde noruegueses e suecos se encontram e as línguas latinas são estrangeiras, mesmo na América Ibérica. Fiambalá servia de base urbana para a saída aos maiores picos do noroeste argentino: o Cerro Bonete com 6759 o Pissis com 6882.
Além de base material para empreitadas às altas altitudes, Fiambalá abrigava também os discursos em relação às montanhas. Na verdade consistiam, ao meu ver em algumas versões pós-modernas para o “chamado da montanha”.Aí então a coisa ficava mais engraçada. Ouvia-se, todas as formas de narrativas criadas por nós em relação às pobres montanhas. As mais óbvias e enviesadas ficavam mesmo por conta do “desafio pessoal” de alcançar o topo, da superação.. aquela coisa de montanhista, e nisso aproximava-se muito daquele papo surfista da onda perfeita (sic), das forças da natureza... Narrativas mais sofisticadas também habitavam, na alta temporada, a pequena cidade. Nessas outras o monoteísmo predominava e fundia-se Deus e natureza. Nada novo, nem tão previsível: todo profeta na história que se preze, de Moisés a Maomé, passando pelo nosso Cristo, teve lá alguma revelação nas montanhas, ou percebeu que esse seria um bom lugar para tê-las.Eu nisso tudo só ficava mais impressionado: como chamar de natureza, ainda, lugares tão impregnados de significados? Tão coberto de intencionalidades, seja lá de quem for. Mais do que nunca, só conseguia pensar essa montanha como uma relação entre os homens. Algo que, se foi produto de processos naturais, geológicos, hoje é muito mais produto de significações, alvo de narrativas, objeto da indústria de equipo, enfim...

Dos 1800 aos 4700
E lá fomos nós em busca do sagrado, da superação, do chamado interior... Subiríamos naqueles dias até laguna verde, a 4200 metros antes chegando até os 4700. Deixamos o asfalto aos 3200 de altitude e até lá tudo bem. A partir daí o que se chama de Puna, ou mal de altitude começa atacar, primeiro a Jana, e algumas centenas de metros acima, a mim. Pra Jana uma dor de cabeça, forte, pra mim, uma tontura, leve, mas insistente. A paisagem muda totalmente. A partir dos 4000 metros somem as touceiras e a vida parece desaparecer. Tudo fica muito hostil e apesar de o GPS indicar que é possível rola um certo medo.Dali para frente, o frio era intenso, o vento absurdo e todo ambiente extremamente hostil. Minha parca experiência de acampar em ambientes tropicais de nada serviria em alta montanha e as sensações térmicas aos quais estávamos submetidos não encontravam precedentes para os corpos viventes no nível do mar.Depois de duas horas de trilha, de subidas muito íngremes avistamos a laguna de aparejos e junto a ela, ao longe, Flamingos. A paisagem de fato é extremamente singular, os mares de montanhas circundando os altiplanos, as lagunas de um azul muito intenso nas porções mais baixas.

Percebemos que sair do carro era uma tarefa árdua, que recorreria certo planejamento e incorria em algum risco. No entanto essa conclusão só veio depois de algum perrengue: a primeira visão de flamingos nos fizera sair do carro de maneira completamente destrambelhada e não levamos agasalhos suficientes nem pra uma brisa tropical. Assim o primeiro pé de vento quase nos derruba e meus dedos começaram ficar congelados. A Jana não podia mais ouvir falar em flamingos e tudo o que queríamos era algum tecido sintético. Ainda assim eu saltava sobre a rala vegetação que livrava meus pés da água gelada permitindo me aproximar do centro da lagoa, com a câmera entre as mãos, tentando algum registro das tais aves.

Ali era mais difícil ainda aceitar a associação entre Deus e natureza. Pra mim a aproximação mais aceitável seria com o diabo. O ambiente se mostrava completamente hostil e nos sentíamos completamente dependentes dos sistemas técnicos que nos levaram até lá. Enquanto meus dedos ameaçavam congelar e a fotografia não mais resistia à tremedeira das minhas mãos os flamingos assistiam, impassíveis, as minhas tentativas de equilibrar-me naquele solo e manter meus pés secos. A surpresa ficou por conta do ninho que eu quase chutei: estavam se reproduzindo.

De volta ao carro continuamos à leste até perceber que nossa tentativa de acampar naquelas altitudes era totalmente domingueira. Alta montanha requer planejamento, disposição, obstinação, grande dose de paciência e, na minha opinião, uma capacidade de reflexão muito pequena sobre o que se está fazendo. Não era definitivamente nosso caso e então, retornamos. Na volta, o tal do apunamento, mal causado pela escassez de oxigênio, volta a nos incomodar e tudo fica bem punk. A Jana agora vomitava e começamos a duvidar que chegaríamos em Fiambalá naquela noite. Eu contava a relação entre metros andados e os metros descidos e a coisa parecia andar em um ritmo muito ruim. Não baixávamos nunca. Já sem luz do sol buscávamos pelos trilhos da ida, sempre com ajuda do fiel escudeiro GPS. Esse, entre nós, era o único que não demonstrava cansaço. A pobre Hilux sentia muito a combustão incompleta, produto da mesma escassez de oxigênio e fumaçava muito. Mesmo durante a noite, quando o vento estava à favor, via-se a nuvenzinha preta, produto da não queima de parte do diesel. No entanto só fui entender isso na volta, conversando com moradores e mecânicos. Àquela altura acreditava que a fumaça era o motor pedindo água, ou o descanso que não podíamos dar, e isso só aumentava minha preocupação.
Contudo, ainda que aos poucos, avançávamos e continuávamos a fazer o que só se fazia naquela viagem: seguir. Dali pro asfalto e depois pra Fiambalá onde procuramos a mesma pousada de dias antes. Ali, a senhora nos deu um chá pra puna que melhorou consideravelmente nossa tontura, poupando-nos de ir receber oxigênio no posto de saúde da cidadezinha, o que eu já vislumbrava.

DE FIAMBALÁ À ANTOFAGASTA DE LA SIERRA

No dia seguinte, acordamos sem hora e, crentes de o perrengue da viagem tinha ficado por conta do dia anterior seguimos, por caminhos alternativos à Antofagasta de Lá Sierra, cidadela 200 km ao norte. Segundo as cartas que levamos e as trilhas do GPS o caminho era possível e essas eram todas as informações que reunimos sobre a travessia.
Tomamos então o norte e a estradinha surpreendia a cada horizonte. Via de regra subíamos por antigos caminhos incas. Pequenas casas lembravam muito a feição do nosso sertão nordestino, como o tradicional aceno de crianças que ainda se encantam de ver um carro passar, coisa definitivamente rara por aquela região. Atravessávamos campos floridos, vales mais encaixados, topando sempre com casa de morador, o que reforçava em nós a visão do bom selvagem, e regatava um pouco essa nossa sensação de natureza amiga. Incríveis dunas de uma areia muito branca e fina surgiam pelo caminho.

Mas essa nova impressão duraria poucas dezenas de quilômetros. Terminando a subida da escarpa acessamos as porções mais altas e deixávamos para trás os inca-descendentes, as flores, as casas e, o pior, a água. A paisagem assumia agora feição tão linda quanto hostil. O solo ficava cada vez mais arenoso e a estrutura do agregado que sustentava a tração do carro tornava-se cada vez mais frágil. Por vezes o carro ameaçava ficar nos obrigando sempre a velocidades mais altas e a não parar nunca, sobretudo no plano.
Enquanto ainda subíamos, a situação já era ruim, mas os horizontes sempre curtos não nos davam a real compreensão da encrenca e, a passos rápidos avançávamos.
A surpresa viria por conta do horizonte que se abriria no entre morros que víamos desde há muito. Quando alcançamos a “cela do cavalo”, feição do relevo que sugere tal forma, e todo um grande deserto se desacortinava à frente compreendi o significado da expressão frio na espinha. A Jana, por mais calma que até então procurasse se mostrar acabou por desistir da pose e perdeu a postura. Ali, abrimos o mapa do notebook e, na ponta do lápis fizemos primeiro as contas mais pessimistas. Estávamos a 90 quilômetros de uma estradinha que ligava duas cidades e, se o carro ali ficasse, em 3 dias de caminhada estaríamos na tal estradinha.
A conta, por pior que fosse, nos tranqüilizava e assim comemorávamos cada quilometro de deslocamento, cada metro de tração. Nos próximos 30 minutos tudo melhoraria muito, e “apenas” 70 quilômetros nos distanciava da estradinha, o que muito nos acalmava. A Jana já não chorava e um solo mais consistente, coberto por cinzas vulcânicas nos animava muito. Naquele ritmo toramos parte daquele deserto até atingir um chamado Campo de Pedras Pome, conhecido na literatura sobre a região que eu li antes da viagem.

Dali tudo ficava muito melhor e na luz do fim do dia alcançamos a tal da estradinha, chegando pela noite em Antofagasta, onde procuramos a hospedaria municipal.
Em Antofagasta ficamos 3 dias, procurando locais mais acessíveis, sítios arqueológicos, e pequenos vilarejos, até deixarmos Catamarca e seguir à sudoeste, já voltando.




SALTA

Chegamos em Salta e ali ficamos. A cidade é lindíssima e só queríamos noites em cama, chuveiro razoável e café expresso. Salta é lindíssima, mas perceberam isso antes de nós: a urbanização da colonização espanhola seria interessante para usos futuros e hoje espanhóis e seus vizinhos retornavam, por outros motivos à àquela porção do território da prata e, via de regra, ocupavam as praças centrais. De fato ali parecíamos estranhos à todos. Não éramos Argentinos, nem europeus. Todos dizem que a argentina está cheia de brasileiros, só se for em Buenos Aires. Nós não vimos nenhum, nenhunzinho, nada. Pra não mentir uma placa do Rio na periferia de Buenos Aires, e só.Ali, antes de encarar os 2700 km, até São Paulo sentamos, como nossos europeus, em um dos restaurantes da praça central e pedimos, em pobre espanhol, algo para comer. O problema foi que a moça, por engano, trouxe uma cerveja ao invés da coca pedida, nos obrigando a ficar mais um dia na cidade.
No dia seguinte, pela manha então, esquentamos o carro no pé da coordilheira para só deixá-lo esfriar em São Paulo, 35 horas depois.

6 comentários:

Jec disse...

Fala, djou!
Muito legal seu relato, especialmente porque transmite bem as sensações e coloca reflexões interessantes. Até sei porque vc diz que há uma parte inspirada em mim, heheheheh. A velha discussão sobre a natureza. Pois ratifico, lá, no mais ermo dos recônditos deste mundo, onde houver um homem estará toda a história da humanidade ou de uma parcela dela.
O homem pertence à natureza e a essência do homem é social, inclui a economia, a troca, a exploração, nada disso é artificial ou exterior ao homem. A busca por uma essência classificável como natural, o núcleo inalterável do homem já conduziu a diversas teorias e ações macabras: nazismo, eugenia, racismo, etnocentrismo, evolucionismo, etc. Nada disto é artificial e jamais se encontrará a natureza imaculada, independentemente dos quilômetros percorridos, é a sempiterna promessa, o idílio perdido. E ao mesmo tempo, em cada engrenagem da Hilux, em cada chip do GPS, repousa incólume a indômita natureza.
Excelente relato e espero um dia poder empreender com vocês esta nobre busca!
Abraços,
Javier

Elsa Graciela Schusterman de Cencig disse...

bellísimo relato. Para mi una verdadera sorpresa encontrar en esta narración no solo una imagen y sí algo tal vez más valioso, la descripción de las sensaciones producidas por ese paisaje. Ahí no eran ustedes más extranjeros de lo que yo sería visitando esos lugares. Sabías cómo es conocida la provincia de Salta (y yo no sé el motivo porque no conozco): "Salta, la linda". Valió
Elsa (esto es para el curso de español)

Unknown disse...

Incrível como está muito bem escrito,gostoso mesmo de se ler...Sá falta vc assistir "Into the wild"-o filme e ler Into the wild - o livro, que discute exaustivamente essa loucura de se querer atingir o pico mais alto ou a onda mais radical.Pode parecer ridículo e sem sentido, mas isso me encanta porque percebo neses anseios alguma autenticidade simples, essencial, clean!E isso me parece surpreendente num mundo e , especialmente numa época, onde o que todo mundo mais quer é conseguir só o maior monte de grana msm!!! Valeu pelo convite à leitura ! Vc precisa escrever mais...bjs

Uirá disse...

li !!! voce é uma moça, memo. ta muito bom!! e fica ai fazendo tipo de que nao sabe o que é poesia! só nao vai me falar que sempre fez balé...

bom mesmo, cara. voce escreve muito bem. e pela visao e relato, é um grande geógrafo, e claro, entende de carro, e gosta de perrengue. como gosta!!

é interessante a discussao sobre homem-natureza-deus e claro, montanhas.!!! hahahaha. este foi ótima, a dos profetas!

ponha mais fotos, pois por mais que voce descreva muito, vale a pena deixarnos ver um pouco da paisagem. saca?

reli tambem o outro, o nosso, que sinceramente está melhor, mais rico, profundo e lapidado...talvez tenha a ver com a natureza da viagem, num sei...

abraco

Uirá

Emerson Panis Kaseker disse...

Talvez porque seja da natureza humana rasgar o chão, mais que isso, da natureza animal. A vida pede espaço. Pneus, chips, diesel, nos levam, mas queremos sentir o frio gélido dos confins e admirar os flamingos impávidos vivendo sua rotina serena, ou não. Queremos a liberdade do animal, nem que seja apenas numa viagem, não é? Pelo menos foi o que eu entendi, afora a sensação de ter feito esta viagem, como aconteceu após ler o outro relato. Obrigado! Embora eu não tenha sentido puna nenhuma e muito menos frio, nem na cara nem na espinha, a experiência foi incrível...

Malx disse...

lelis! só aqui para encontrar vc. já voltou da aventura? entra em contato!