terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Relato PARNA Sempre Vivas

DE CASA ATÉ DIAMANTINA
Sob olhares dos que vivem pela ética protestante do trabalho partimos, um amigo, Uirá, e eu, para a porção norte da Serra do espinhaço, nesse enclave de férias no meio do semestre que a República e esse feriado de consciência negra proporcionaram a alunos e professores, mesmo que a contragosto dos donos das escolas particulares.
Estávamos mais ou menos livres na hora do almoço, ao soar o sinal da última aula nas escolas em que trabalhamos, mas o planejamento, noção tão cara à realização das coisas, dobrou-se diante da minha organização.
O dado é que só saímos às duas horas de uma madrugada fria, onde remanescia uma garoa fina e bonita na cidade. Acontece que a mesma garoa caía também no asfalto e ajudou o carro não parar quando um infeliz cruza minha frente, entre a minha casa e a do Uirá: uma lanterna quebrada. E justamente agora que, depois de anos, e em uma das poucas vezes na vida, eu conseguiria pegar a estrada com o carro e documentos em ordem.
Como pegaríamos a marginal Tietê, passamos em uma auto-peças 24h, na Marques de São Vicente. Sim. Uma pérola do mundo pós-moderno: uma auto-peças funcionando às 3 da manhã e com fila. O sujeito na minha frente comprava os 4 amortecedores do opala que ele iria reformar no feriado, e vamos que chamar isso de cultura, não?
Lanterna trocada, irrompemos a Fernão Dias, com o Uirá já dormindo no banco de trás, embalado pelo doce som do ronco do rolamento de rodas gasto que nos acompanharia pelos mil quilômetros que nos aguardava.
Enquanto eu pensava que poucas situações na vida me agradavam tanto como aquela que eu vivia um soninho me alcançava, produto ainda do lexotan que eu tomara nas horas anteriores, para tentar dormir um pouco. Nada que um café, uma coca e uma água no rosto não resolvesse.
Tudo ia muito tranqüilo até eu atropelar um cone na estrada, o mesmo arrancar o protetor de cárter que quebraria a homocinetica esquerda e nos deixaria duas horas parado e duzentos reais mais pobre.
Problema resolvido atravessamos sem grandes observações a capital mineira, a BR 040, e tomamos a pista simples para Diamantina, quando Uirá pega o carro e me deixa dormir um pouco. Cerca de uma hora depois a paisagem assume a feição que nos seria familiar pelos próximos cinco dias: longos campos rupestres, entremeados por cumes e paredes de quartzito que a esse horário do dia ficavam iluminados pelo sol do fim da tarde. Na linda Diamantina achamos uma pousada, assistimos a uma peça de teatro de rua, nas quais as crianças encenavam a fuga dos fariseus de não sei onde ..., tomamos a última coisa gelada dos próximos dias e fomos dormir.

DE DIAMANTINA À SEDE DO IBAMA
Acordamos sem hora, coisas no carro e tomamos o asfalto por 10 km até a saída pela estradinha de terra que nos conduziria à São João da Chapada, uma currutela com uma dúzias de casas de pau-a-pique, outra dúzia de tijolo baiano sem reboco e algumas igrejas, onde deixamos para trás a energia elétrica. No caminho os horizontes se ampliam, os interflúvios ficam mais longos, cobertos por gramíneas e arbustos e os córregos vão ficando menos encaixados, paisagens típicas das áreas mais chapadas da região do espinhaço.
De lá pegamos uma estrada-trilho para Macacos, uma vila menor e mais bonitinha que São João, já sem energia elétrica, lugar ao qual recorreríamos caso o Gol não vencesse as areias quartzosas do Campo São Domingos, nosso destino.
O trilho seguia agora tortuoso, entre paredões rochosos, mostrando-se ora vermelho (latossolo), ora branco (areias), cortando córregos e subindo progressivamente até atingir os 1300 metros de altitude, segundo o GPS e a carta. Percebemos que deveríamos temer os trechos de areia, onde o carro agarrava, perdia velocidade e ameaçava ficar. E foi, justamente em um trecho desses, onde não entrei com velocidade suficiente foi que o gol “agarrou”, pra nosso desespero. Segundos mais tarde ouviríamos o ruidoso som de motos que levavam dois sujeitos que prontamente se puseram a empurrar o carro e nos tirar a encrenca. Mais espertos, e ajudados pelos trechos menos sinuosos, alcançamos a Sede do IBAMA, antiga fazenda Kolpping, onde deixaríamos o carro, montaríamos as mochilas e “bora pro mato”. Na Sede um brigadista do IBAMA preparava um arroz-feijão, fazendo o Uirá “almoçar” às 11 da manhã...
A uma da tarde, começamos a caminhada, com as mochilas mais cheias o que estariam por todo o resto da viagem. Uirá, nosso cozinheiro, levava vegetais e temperos para a primeira refeição, o que reduziria consideravelmente o peso das mochilas, sobretudo da dele. Cortando o Campos São Domingos, tomamos a continuação do trilho, que rumava sempre à noroeste, fazendo com que avançássemos a ritmo satisfatório em direção às nascentes do Rio Jequitaí, nosso objetivo para aquele dia. Três quilômetros à frente o caminho se bifurcava e tomamos a saída mais ao norte, atravessando uma cerca, seguindo o trilho que agora tornava-se menos consistente e descia a vertente em direção ao curso d’água. Avistamos a mata ciliar do fundo do vale e rumamos ao norte, deixando para trás uma cerca, a última forma construída, produto do trabalho, que veríamos pelos próximos três dias.

A partir deste ponto o caminho tornava-se mais frágil e o mato mais fechado, ao mesmo tempo em que a paisagem ficava mais interessante. Cruzamos então um longo interflúvio, caminhando por cerca de uma hora entre campos cerrados, ora verdes ora queimados, avistando grandes formações rochosas ao norte e nordeste e sem sinal de água. Ali seguíamos por um trilho, cada vez mais próximos à formação, quando, às 4 da tarde, via-se, ao longe, uma prainha de rio. Em breve reunião, decidimos acampar por lá. Ainda era cedo, mas no dia seguinte andaríamos por terras nunca dantes andadas, por nós e por ninguém, segundo nossas previsões, pois sairíamos dos trilhos conhecidos tentando “torar” fundos de vale (e suas matas ciliares), procurando alcançar os campos que se via ao longe.

Nosso cozinheiro preparava comida enquanto eu fazia uma cama de gato, com capins secos, montava a barraca em cima e acendia a fogueira. A noite transcorreu bonita e tranqüila. Dormimos esperando o fogo se apagar.
No alvorecer do segundo dia, enquanto Uirá dormia, percorri nosso córrego à montante, caminhando pelas areias do leito do rio semi-ocupado pelo curso d’água. Quando o córrego fazia uma curva e ficava mais encaixado, um paredão rochoso se apresentava à esquerda e não deu outra: subi a parede. A cada metro acima, a grande formação rochosa ao norte ficava mais visível, e com ela os interflúvios adjacentes que, cobertos por campos cerrados, lembravam uma formação savânica africana.
À ESMO PELOS CAMPOS
Às nove horas, mochilas montadas, cruzamos o córrego, enchemos as garrafas e seguimos à jusante, caminhando por capins curtos e verdes, até o caminho desviar-se para leste. Nessa altura o trilho tornava-se cada vez menos consistente, confundindo-se com trilho de gado que outrora pastava na região. Mas o meio oferecia pouca resistência, começando a surgir afloramentos rochosos, entremeados de árvores, e capins baixos, rebrotando da queimada recente. Ali uma flora bastante exótica aos nossos olhares remanescia entre os matacões de quartzito, com a presença de mandacarus, em plena florada e toda sorte de cactáceas e leguminosas. Ao longe se avista os intrigantes campos que me tiravam o sono desde a caminhada anterior, que eu fizera em julho, com a Janaina. Daquele ponto em diante caminharíamos por caminhos e descaminhos totalmente desconhecidos. A sensação de estar levemente perdido nos acompanharia pelos próximos dias. Dali, descemos a vertente em direção à mata ciliar. As árvores cresciam em porte e com elas cresciam a resistência do meio à nossa invasão. Cerca de 15 minutos depois chegamos ao leito do córrego que encontrava-se com pouca água, mas ainda assim nos obrigava a descalçar a bota e andar com a mochila sobre a cabeça. Torado o fundo do vale, seguimos pelo entre-morros que se apresentava e rumava para o norte, nosso objetivo. Ali paramos para comer uma cenoura, tomar água e fazer fotografias dos totens nos cumes dos morros e da “pedra furada” que, na verdade, era produto de erosão diferencial e não de ação eólica.


Daquele ponto tocamos uma pernada de cerca de duas horas, longe d’água e com sol a pino, ao mesmo tempo em que o caminho se desfazia por completo. A cada ângulo de visão a situação piorava. A tão almejada primeira natureza se mostrava agora tão indiferente à capacidade narrativa do homem quanto de fato ela é. Uirá procurava caminhar pelos altos, onde as árvores pareciam oferecer menos resistência, mas apenas pareciam. A pernada não era impossível, era apenas inviável, mas tão inviável quanto retornar pelo mesmo caminho. E como o que não tem remédio, remediado está, nosso remédio era seguir. A minha interpretação geomorfológica não sugeria água por perto. Eu inferia apenas a presença de um córrego há alguns quilômetros à noroeste, antes de uma grande formação que se via ao fundo, o que, considerando o ritmo a que avançávamos, e o estado em que estávamos, não era nada promissor. Pouco a frente, Uirá mudava o curso da caminhada, virando à direita tomado pelo seu senso geográfico... Eu, como esperava que ventasse pra qualquer direção, contanto que ventasse, segui docemente seus passos até ouvi-lo gritar como uma criança... um córrego. Eu ainda duvidara, pois a feição do relevo não me sugeria água. Aproximando, avisto o espelho d’água, o São Francisco, o Ribeira do Iguape, o Tapajós... Na verdade deveria ter uns 6 metros de margem à margem, mas era uma pintura..

Ali ficamos por umas duas horas, se tanto... fizemos aquele sanduíche de atum, cenoura, uma laranja, banho de rio e um descanso sobre as pedras.
Com certo pesar pusemos as mochilas no lombo, atravessamos o riozinho descalçados e seguimos por outro trecho bastante cruel da empreitada.. Ali, a paisagem apresentava feições savânicas. Na saída Uirá chama a atenção pra uma pegada fresca na areia, provavelmente um tamanduá indo beber água...
Ali procuramos seguir para o norte, tentando torar a mata ciliar e o cerrado, agora mais fechado, na vertente adjacente, mas a resistência não era pequena. Nosso atleta seguia à frente, abrindo bravamente alguma passagem em meio aos arbustos, mas o ritmo do avanço não animava. Voltamos ao córrego, desviando à noroeste, mas ali caminhávamos sobre o leito semi-abandonado na época, pela estiagem. Ali caminhamos por rochas, perto da água, na paisagem mais bonitinha da viagem e avançando a passos rápidos (os do Uirá mais rápidos do que os meus). Nessa altura, mesmo com o vento soprando à favor, uma certa melancolia me atingiu porque eu, de certa forma, sabia que ali abandonaríamos o norte para sempre naquela viagem. Dificilmente conseguiríamos retomar a direção à noroeste e voltar pela vertente leste da formações que se via na carta. O rio seguia encachoeirado e cada vez mais encaixado, com vertentes mais abruptas nas duas margens.
Após cerca de uma hora de caminhada, o córrego atingia o fundo do vale, em uma pequena planície de aluvião onde, à jusante, encontrava-se certamente com outros córregos que vinham do norte. Ali também a transposição era impossível, o que reforçava minha idéia de abandono da idéia inicial para o trajeto. O sol já arrefecia quando decidimos subir um pouco o córrego e montar acampamento nas prainhas de areia que se formavam entre as rochas na época de estiagem. Mochilas vazias, banho de rio, barraca montada e Uirá preparava nosso jantar. Teríamos arroz, lentilha e batata palha.

Como o cozinheiro acabara com um cartucho de gás na noite anterior, o sujeito improvisou uma fogueira entre pedras e colocou ali as panelas para cozinhar... as instruções do manual de escoteiro devem ter sido seguidas porque a engenhoca deu certo e jantamos sem usar um novo e derradeiro cartucho.

Depois do jantar dormimos, ouvindo o murmúrio do vento entre as árvores, o som das águas entre os quartzitos e os estalos da madeira verde queimando...

PROCURANDO RETORNO
Na manhã seguinte, após o café, mochilas ao lombo novamente, agora consideravelmente mais leves, e saímos do vale pela vertente sul, subindo as paredes até alcançar terrenos menos escavados. Do alto do morro víamos, olhando para nordeste, o vale do rio que descemos no dia anterior e à noroeste víamos as formações pelas quais não andaríamos naqueles dias. Descemos à pequena várzea visitada no dia anterior e de lá seguimos pelas feições mais brandas do relevo, que nos levava à leste. Naquele dia faríamos a opção por andar maiores distâncias por terrenos mais palatáveis, ao invés de cruzar mato cerrado e paredões de pedras. Seguimos então o entre - morros na saída da vargem, caminhando por campos cerrados, que nos levavam cada vez mais a leste. A intrigante sensação de andar a esmo já cedia lugar a certa preocupação de minha parte de atingir caminhos humanos ou andar por campos mais promissores em direção ao mundo conhecido. Nesse terceiro dia no mato trabalhávamos com o limite da escassez das provisões e dos dias livres (na quarta deveríamos estar em sala de aula)... Administrando essas variáveis, seguíamos mais ou menos felizes, mais ou menos frustrados para o Leste. Pelas coordenadas GPS e a carta sabíamos que estávamos à uns 20 km de Pé de Serra, o que sugeria um vilarejo localizado ao pé da serra (do Espinhaço). Andamos por cerca de uma hora quando, na margem de um pequeno curso d’água, um mourão, nos sinalizava a presença consistente do trabalho, categoria tão cara aos humanos. Ali entrávamos de novo no mundo das formas humanizadas, e um caminho cada vez mais consistente seguia fielmente à nordeste. Passado o córrego seguimos longas vertentes, por meio à vegetação mais alta, mais exuberante, com o Atleta sempre na frente. Ao deixar o mato alto, depois de uma hora de caminhada, entramos na várzea de um outro córrego, onde uma cerca denotava a propriedade privada ou sua tentativa de demarcação, e algumas casas abandonadas entre mangueiras sinalizavam alguma atividade econômica, agora abandonada.

Ali caminhos seguiam o córrego à jusante, fazendo o acesso daquelas casas à Pé de Serra, supúnhamos nós. Nesse momento a trilha se bifurcava e campos à sudeste nos pareciam acessíveis daquele ponto. Ficava aí a possibilidade de tentarmos avançar e retomar a outros caminhos pelo mato mas preferimos andar por caminhos, mesmo que esse não nos levassem na direção do carro. Tomamos então a trilha mais confiável e rumamos, agora sempre à noroeste, em direção à Pé de Serra, segundo nos informava a carta e o GPS. Cerca de uma hora depois o trilho deixava o córrego, para minha preocupação, seguindo por um entre-morros à leste, ali cruzamos uma porteira, e encaramos uma árdua subida e na seqüência um interminável campo, repleto de sempre-vivas. Como deixaríamos os campos naquele dia apanhei algumas dessas plantinhas para trazer para meu amorzinho, violando severamente as regras do parque nacional.
Por volta das 13 hrs, o caminho voltara a encaixar-se em um vale aberto e à frente, por entre as árvores, os campos, cultivados, apareciam cerca de 500 metros abaixo de nós. Naquele instante sabíamos que deixávamos para trás os caminhos ainda muito pouco usados da Serra do Espinhaço..

Na seqüência seguia agora uma larga empreitada não muito divertida: a decida da serra. Chegávamos à Pé de Serra, cerca de 3 horas depois, já muito cansados, e com danos quase irreversíveis nos pés, duas bolhas nos meus e um dedão machucado depois de um escorregão do Uirá.
Em Pé de Serra tomamos um café e 4 litros d’água na casa de um caboclo que nos arrumou condução para Curumataí e já adiantava que não conseguiríamos rodagem para Diamantina. Em Curumataí, um apanhado de casas ao longo de uma única rua, fomos deixados pelo Zezinho na casa de sua tia, que nos acolhera, com um arroz, feijão, farinha, pimenta, banho, cama, e café até a manhã seguinte.
Pela noite, depois de um lamentável Brasil e Venezuela, dormimos, muito cansados, mancando e preocupados pela empreitada do dia seguinte: nas previsões otimistas 25 km em um caminho desconhecido.
Passamos pela noite tranquilamente. Ao som de um vento muito forte que entrava pela janela aberta.

DE CURUMATAÍ À SEDE DO IBAMA
Neste último dia acordamos cedo, nos despedimos de D.Zumira, e tomamos os caminhos indicados pelos caboclos no dia anterior. Preocupado e poupando a região mais dolorida dos pés saímos do vilarejo cruzando as serras que nos levava à sudeste, em direção ao carro. NO GPS eu controlava a direção, ritmo e distância percorrida durante o trajeto. Comemorava cada décimo do caminho, o que representava 2,5 km. A marca dos 10 km andados, com a bolha do meu pé sob controle transformaram minha preocupação em euforia e mantivemos o ritmo do inicio da caminhada. Depois de cruzar uma grande vargem, trecho de mata e topar com as referências passadas pelos caboclos do dia anterior, começamos a avistar as formações rochosas que avistamos no trajeto da ida. Ali, depois de alguns erros, tomamos o trilho certo que nos levou direto ao carro.
De lá sem transtornos para BH e no dia seguinte para São Paulo.
Viagem sem precedentes essa. Seis dias, três passados nos campos, dois caminhando por lugares que ainda não figuraram na história dos homens. Sessenta e cinco quilômetros andados por campos, cerrados, carrascos, matas ciliares, córregos, todos de morros... na porção mais preservada do norte da Serra do Espinhaço.

13 comentários:

Jana disse...

Oi querido. Adorei a sua idéia de criar um blog contando suas impressões das viagens, afina tem coisas que só fiquei sabendo através do blog.
Está encantadora a sua narrativa, e muito engraçados os seus comentários, tais como "embalado ao som do rolamento", "o atleta", o "Uirá almoçar as 11h da manhã"...tanto detalhezinho, tanta coisa tao lindinha...e amei as flores que vc trouxe do cerrado!
te amo muito. a admiração é imensa

Unknown disse...

Estou lendo com calma, mas pra comecar, nunca vi uma viagem do sr marcio leles sem algum problema mecanico. Outra curiosidade: seria leles de souza um sobrenome portugues??? Que pessoa formada, culta, tomaria um lexotan pra viajar, com o amigo acompanhante dormindo no banco de tras?????Morte na certa. Mas como sempre os anjos da guarda estavam acordados. Agradeca ao cone, pois esses 200 reais sairam MUITO barato.
Depois continuo....

Emerson Panis Kaseker disse...

Olá Márcio! Gostei muito da narrativa! A sensação de liberdade e desprendimento que voce transmite nela é quase palpável! Essa é uma viagem que eu gostaria de ter feito! Abraços

Uira disse...

camarada! que relato!!! como te disse está realista e onirico ao mesmo tempo. li pouco Guimarães, mas sei que voce pincelou por aí... além do que a qualidade da descrição geográfica está precisa e impresionante. E posso dizer com propriedade tudo isso, pois sou eu o outro cara desta empreitada que nos aventuramos a fazer. incrível. tudo bem que me tirou de atleta, comilão e dorminhoco e num disse do meu senso de direção e da qualidade dos rangos. hehehe. nenhuma rapaz!
valeu, marcamos outra!
abrazo Uirá

Unknown disse...

Ótimo relato. A primeira natureza é realmente resistente a eles...

andré dos anjos cardoso disse...

Sim senhor, Marcio, foi uma bela aventura, fiquei com vontade de conhecer as cabeceiras do Jequitaí e o córrego da Maravilha. Só que estas não são as únicas maravilhas escondidas no Espinhaço...
Grande abraço.

Unknown disse...

Estava procurando artigos sobre interflúvios, até que econtrei seu blog sem querer e comecei a ler, e fui me interessando cada vez mais...agora me encontro no trabalho "viajando" no seu blog!
Adorei, é isso que eu quero fazer um dia! EXATAMENTE!
PERFEITO!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Olá professor, acabei de ler seus textos. São muito bons você deve se sentir muito bem em fazer essas viagens.

Ass: Lucas Gerosa 7ª

Unknown disse...

Parabéns pelo seu texto professor está muito bom, como você disse na classe, um texto de primeiro mundo, sua viagem parece ter sido bem interessante e acho que seria legal você contar nos mais sobre a ela na sala de aula, acho que muitos se interessa riam.

Você é um ótimo professor e ano que vem sentirei muito a sua falta!

abraço, carol

Sofs disse...

Oi Marcio,
Tá legal o blog.
xau

Unknown disse...

Finalmente achei seu blog! Ficou muito legal(ainda não li tudo mas pelo menos estou achando legal), as fotos e a narrativa ficaram 10! Realmente o Tito é fichinha pra você!
Vou sentir falta das suas aulas de geografia Márcio, eram as aulas mais legais( mesmo que fossem muito interrompidas), e sua também, porque você é uma excelente pessoa.
Ah, e qualquer dia eu te humilho no Call of Duty =D!
Abraço, Lucas Brito-9ºB

NÃO BASTA disse...

Que puta texto, Márcio! Adorei a precisão das descrições, o bom achado de expressões como o "mundo das formas humanas" - entre muitas outras - e a capacidade - que é o todo do texto - de pôr o leitor em contato vivo com as experiências relatadas e, consequentemente, vivê-las de tabela. Obrigado pela alegria da leitura! Saudações.